Dados são gerados em uma velocidade e volume sem precedentes, por diversas fontes e dispositivos, e podem trazer insights valiosos para as empresas que sabem como aproveitá-los. No entanto, nem todos os dados são iguais. Existem dois tipos principais de dados: os estruturados e os não estruturados.
Os dados estruturados são aqueles que estão organizados em formatos pré-determinados, como bancos de dados, tabelas, planilhas e formulários. Eles são fáceis de armazenar, processar, analisar e visualizar, pois seguem regras e padrões definidos. Por exemplo, os dados de uma transação bancária, de um cadastro de cliente ou de uma venda online são dados estruturados. E os dados estruturados já possuem uma cadeia de processos e tecnologias implementadas nas empresas há muito tempo.
Já os dados não estruturados são aqueles que não estão organizados em formatos pré-determinados, como documentos, planilhas, apresentações, arquivos de mídia, e-mails e outros. Eles são difíceis de armazenar, processar, analisar e visualizar, pois não seguem regras e padrões definidos. Por exemplo, os dados de um relatório, de uma foto, de um vídeo, de um áudio ou de um e-mail são dados não estruturados.
O boom da propagação e uso dos dados não estruturados estão ligados aos seguintes marcos:
Esses eventos contribuíram para o aumento exponencial dos dados não estruturados, que representam um grande desafio e uma grande oportunidade para as empresas e a sociedade. Para aproveitar o potencial dos dados não estruturados, é preciso utilizar tecnologias que permitam o seu armazenamento, processamento, análise e proteção, como o Big Data, a Inteligência Artificial, o Cloud Computing, o Machine Learning, entre outras.
Os dados não estruturados representam cerca de 80% do volume total de dados gerados globalmente e muitas vezes contêm informações sensíveis que precisam ser protegidas contra acessos não autorizados, vazamentos, ataques cibernéticos e violações de privacidade. Essas informações sensíveis podem ser desde dados pessoais, como nome, CPF, endereço, telefone, e-mail, até dados corporativos, como contratos, propostas, projetos, relatórios, planos estratégicos, entre outros.
Para garantir o controle e a proteção dos dados não estruturados, as empresas devem adotar uma estratégia eficaz de classificação das informações, que defina os níveis de confidencialidade, responsabilidade e rastreabilidade dos dados. A classificação das informações é um processo que consiste em atribuir etiquetas ou marcas aos dados, de acordo com o seu grau de importância, sensibilidade e criticidade para a empresa. Por exemplo, os dados podem ser classificados em públicos, internos, confidenciais ou secretos, dependendo do seu conteúdo e do seu destinatário.
A classificação das informações permite que as empresas identifiquem quais dados precisam de mais atenção e cuidado, quais dados podem ser compartilhados ou não, quais dados devem ser armazenados ou descartados, quais dados devem ser criptografados ou não, entre outras ações. Além disso, a classificação das informações facilita o cumprimento das regulamentações de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), que exigem que as empresas tenham controle sobre os dados que coletam, tratam e armazenam, e que respeitem os direitos dos titulares dos dados.
Além da classificação das informações, as empresas devem utilizar soluções tecnológicas que permitam o gerenciamento, o monitoramento, a criptografia e o isolamento dos dados não estruturados, tanto em ambientes locais quanto em nuvem. Essas soluções devem estar alinhadas com as regulamentações de privacidade de dados, como a LGPD e a GDPR, e com os princípios de Zero Trust e SASE, que visam aumentar a segurança e a confiabilidade dos dados.
Zero Trust é um modelo de segurança que parte do pressuposto de que nenhum usuário, dispositivo, rede ou aplicação é confiável por padrão, e que todos devem ser verificados e validados antes de acessar os dados. SASE é uma arquitetura de rede que combina serviços de segurança e conectividade em uma única solução baseada em nuvem, que pode ser adaptada dinamicamente às necessidades de cada usuário, dispositivo, rede ou aplicação.
Uma das ferramentas que segue os princípios de Zero Trust e SASE é o Enterprise Digital Rights Management (EDRM), uma tecnologia que permite o controle e a proteção dos dados não estruturados dos arquivos e extensões mais utilizados pelas empresas. O EDRM funciona como uma camada adicional de segurança, que aplica políticas de acesso e uso aos dados, independentemente de onde eles estejam armazenados ou de quem os esteja acessando.
O EDRM permite que as empresas definam quem pode abrir, editar, copiar, imprimir, compartilhar ou excluir os dados, por quanto tempo, em quais dispositivos, em quais locais, em quais horários, entre outras regras. O EDRM também permite que as empresas monitorem e auditem as atividades realizadas nos dados, e que revoguem ou alterem as permissões concedidas a qualquer momento, mesmo após os dados terem sido enviados ou baixados.
Dessa forma, o EDRM garante que os dados não estruturados estejam sempre sob o controle e a proteção das empresas, até quando eles saem do seu perímetro de segurança, como em casos de teletrabalho, BYOD (Bring Your Own Device), uso de dispositivos móveis e compartilhamento com terceiros. O EDRM também garante que os dados não estruturados estejam sempre em conformidade com as regulamentações de privacidade de dados, como a LGPD e a GDPR, pois evita que os dados sejam acessados, usados ou divulgados de forma indevida ou ilegal.
Existe uma série de ações que você pode implantar em sua empresa para proteger seus dados não estruturados: